Carta à Presidente Dilma

Cara Presidente Dilma,

meu nome é Mário, tenho 31 anos, sou casado e pai de um menino de 2 anos de idade. Moro na cidade de São Gonçalo, no Rio de Janeiro e sou analista de sistemas. Espero, sinceramente, que leia esta carta porque, longe de qualquer sensacionalismo, acho que estamos diante de uma grave crise política, econômica e social no país e gostaria de contribuir na busca por soluções.

Minha certeza de que trabalha com todas as forças para reverter este quadro adverso, comprovado pela insatisfação popular generalizada, me motiva a escrever. Esta fé vem do pouco que conheço sobre sua formação profissional e política e também porque acredito na capacidade de superação da mulher, especialmente uma guerreira brasileira.

Mas, para colocar o Brasil nos trilhos que o conduzirão ao nível de desenvolvimento social e humano digno de um país que ocupa a posição de sétima maior economia do mundo, vejo que falta maior participação da jovem outrora presa e torturada por defender seus ideais, onde encontramos a pessoa relutante cuja maior preocupação em eventos oficiais é reproduzir corretamente o discurso e cumprir todos os protocolos. Sinto que não consegue expor publicamente suas qualidades e temo que não consiga explorá-las também no exercício do cargo. Isto impede que o governo Dilma Rousseff tenha a marca da própria, por enquanto quase nula.

Costumo dizer que, pelo que sofreu e conquistou, seu governo deveria se destacar mundialmente como grande defensor dos direitos humanos. Contudo, ainda que com esforços como a Comissão da Verdade, não se destaca neste aspecto porque investigar o passado é pouco. Tão importante quanto, talvez mais, seria impedir os abusos frequentes da polícia brasileira, extremamente violenta.

É com esse alerta que pretendo ajudar. O Brasil seria beneficiado se as decisões fossem tomadas com maior base nas suas convicções. O assunto é complexo, sei, envolve desde a imagem pública da Presidência às relações interministeriais, passando pela coordenação de ações do governo e nenhum conhecimento técnico sobre isso tenho, restando-me a esperança de que leia esta carta e a ânsia de fazer o melhor pelo país.

Com todo respeito e admiração,
Mário Lima Jr.

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