Nanci é o candidato menos pior

Candidato a prefeito de São Gonçalo, o Dr. José Luiz Nanci sabe, pelo menos, o plural de cidadão. O documento com seu plano de governo tem capa com título e até subtítulo! Nanci inclusive fez uma graça colocando fontes bonitinhas, sombreadas. Ainda na capa, a letra “e” do seu primeiro nome, rechonchuda,  lembra magnificamente o rosto do candidato. Tais elementos colocam Nanci, sem dúvida, em posição superior ao seu adversário no segundo turno, Dejorge Patrício.

O Plano de Governo de Zé Luiz é tão simpático – quanto isento de propostas concretas – que teve o cuidado de representar, também na capa do documento, o vice-prefeito da chapa, Ricardo Pericar. Tem lá uma letra “i” alta e magra, imponente, maior que as demais.

Mistura de médico e ombro amigo benfeitor, Nanci admitiu sem pudor ao Jornal Extra que acumula o salário de médico com os vencimentos de deputado estadual, ou seja, é um político transparente. Qualidade admirável, rara, parasitas tendem a negar sua presença no hospedeiro.

Eliminar fontes de renda escusas seria um grande passo na administração pública gonçalense. Levou mais de uma década para as primeiras transações ilegais contra o SUS virem a público.

Nanci formou alianças progressistas significativas com Marlos Costa e Diego São Paio. Temas como sustentabilidade e mobilidade, indispensáveis para o século 21, entraram no seu discurso. Dejorge Patrício reuniu em torno de si a escória da política local, tendo Aparecida Panisset como apoiadora mais desprezível. Ela se encaixa perfeitamente nas preocupações oportunistas de Dejorge, como “garantir que as crianças respeitem todas as religiões”. Os alunos da rede municipal permanecem semianalfabetos aos 9 anos de idade, mas Dejorge insiste em usar a religião como plataforma.

Zé Luiz ocupa cargos políticos desde 1992. Se existe alguma inteligência no povo, e acredito que exista, ele continua elegendo-o há tanto tempo porque pensa que um dia Nanci servirá para alguma coisa.

Milhares de gonçalenses insatisfeitos anularão seu voto no dia 30 de outubro. Nas palavras de Matheus Guimarães, militante político e cultural, esses eleitores têm uma responsabilidade adicional: provocar a sociedade de todas as maneiras para que em 2020 São Gonçalo eleja um prefeito ou prefeita à sua altura.

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