Nanci pode fazer um bom governo

Nanci é a política incipiente, incompleta, infantil, não concebida. São Gonçalo esquecerá rapidamente seu mandato como prefeito. Como alguém como ele pode fazer um bom governo? Aquilo que não está totalmente pronto, portanto não assumiu suas formas finais, pode ser modelado.

O ex-prefeito Neilton Mulim tinha amor pela mentira. Avesso ao diálogo, era um entrave arrogante às ideias progressitas e preferia a burocracia. Nanci não dispensa fácil um segundo salário, verdade. Mas é incapaz de impedir que o Bem seja feito.

Quando o prefeito fala, sempre com sofrimento na voz, sua personalidade passiva é transmitida com o som dolorido das palavras, geralmente incompletas, e seu carisma nos atinge na boca do estômago. A ânsia para que ele conclua frases sem errar revela alguém frágil, mas inclinado a “mudar de verdade”. Seu posicionamento aberto, entretanto, não resiste ao vilão político gonçalense menos poderoso, e tudo pode ir por água abaixo.

Nanci também não consegue ser obstáculo para o Mal. Ao notar que o prefeito precisa de condução e a aceita de bom grado, o Mal assumiu a dianteira: forças suspeitas demonstram poder de manipulação sobre o governo. Nanci deu provas de que pode prejudicar a cidade ao entregar a Subsecretaria de Habitação para Rafael do Gordo. E empregar a família está de acordo com suas crenças políticas.

Existe o risco alto de termos um governo desvairado sem a figura de liderança do prefeito. Percebeu a oportunidade até o vereador Papai Noel do Vila Três, que fez festas no bairro em nome de Nanci e se apresentou como seu anfitrião. Se a militância política local, em parte desmotivada com a configuração do segundo turno das eleições municipais, se aproximasse do prefeito, os próximos 4 anos seriam especiais. Porque ele permite a construção de um governo autônomo e inteligente, horizontal na tomada de decisão.

Acostumados a receber da Prefeitura apenas desprezo, centenas de cidadãos que mantêm projetos sociais e culturais com dinheiro do próprio bolso não acreditam ainda que existe esperança hoje. É preciso ser rápido, ainda dá tempo. O pessoal que está nas ruas brigando pela redução do valor da passagem e por qualidade no transporte entendeu que o caminho é a pressão política.

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