A história é bastante simples e se passa em São Gonçalo, cidade de 1 milhão de habitantes sem projeto de desenvolvimento social, sem transporte de massa e onde secretarias de governo dentro da Prefeitura pegam fogo até a destruição completa. Fracassados como representantes do povo na esfera municipal, nossos personagens não estão satisfeitos com o tamanho do mal que causaram. Eles querem mais poder e o salário generoso de deputado estadual ou federal.
O falso foi policial militar, fez carreira na instituição e acumula mandatos como vereador. Sua atividade legislativa mais frequente é acompanhar obras de recapeamento realizadas pela Prefeitura, fotografar a si mesmo apontando para o reparo na rua e depois compartilhar as fotos nas redes sociais como se ele, um vereador, fosse patrocinador da obra com dinheiro próprio. Na verdade quem paga por ela é o próprio povo através do Poder Executivo. O falso explora a limitação popular de não saber a verdadeira função de um parlamentar.
Por seus equívocos frequentes, alguns até reconhecidos por ela, a besta seria digna de pena se não fosse sustentada com dinheiro público. Também vereadora gonçalense, ela deveria legislar em benefício do povo e fiscalizar o trabalho do prefeito, mas usa a tribuna da Câmara Municipal para reclamar de outros vereadores, fazer fofoca mesmo, e para xingar seus opositores. A besta xinga, gosta de xingar e xingando quer parecer inteligente. Na verdade ela não conhece nada sobre a história do povo que representa e sobre os motivos da crise que vivemos. A única coisa que é capaz de oferecer é a sua ignorância.
O inútil foi secretário de um governo sem expressão, o governo de José Luiz Nanci. Não pôs em prática nenhum projeto que fizesse a diferença na vida do povo. É meio tímido, passivo e sem graça. Acompanha seu padrinho político há anos como um lacaio mudo e obediente. Por que ele resolveu ser deputado é um mistério. Diria que a popularidade que chefiar uma secretaria proporciona se torna um capital político que não querem desperdiçar. O partido investe no político, que investe em um afilhado que depois retorna o investimento em votos para o partido. E assim a roda gira sem tirar o povo do lugar.
Esses seres esperam ocupar a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro e a Câmara Federal, onde receberão salários mensais de R$ 25 mil e R$ 33 mil, respectivamente. Não são os únicos candidatos com base política em São Gonçalo, felizmente, mas ninguém ficaria surpreso se todos fossem eleitos.